Jungle Cruise- A Maldição nos Confins da Selva (Sem Spoilers) (2021)



Lily Houghton e o seu irmão decidem ir em busca de uma lenda, no entanto o que lhes espera é uma viagem alucinante pela Amazónia com Frank, um capitão de um barco velho, mas que conhece o rio como ninguém.

 

Os filmes dos Piratas das Caraíbas foram inspirados também num parque temático da Disneyland e apesar das dúvidas colocadas no início mostrou-se um sucesso, rendendo cinco filmes e mais um que poderá estar a caminho. Com Jungle Cruise a ideia foi a mesma, de uma história criou-se um parque temático famoso e que agora a Walt Disney Pictures decidiu transformar num filme. O conceito está lá, mas fica a dúvida se este poderia ser um tema e uma ideia tão boa quanto os Piratas das Caraíbas.

 

Apostou-se forte na produção do filme sendo que foram contratados nomes de luxo, desde logo os dois protagonistas representados por Dwayne Johnson e Emily Blunt, foi investido bastante na pós-produção e um grande uso de CGI, fazendo com que o filme custasse aproximadamente 200 milhões de dólares (fonte: IMDB). Não se olhou a meios para que o filme se pudesse tornar um sucesso, no entanto se as dúvidas eram muitas e as expetativas nunca foram elevadas, o resultado acabou por corresponder a isso, pois não nos é entregue algo que poderá ficar entre os melhores filmes da produtora.


Jungle Cruise é um filme que vive das várias sequencias que apresenta, mas sempre sem estarem interligados e com um ritmo aceitável, variando de algo mais rápido para logo de seguida travar a fundo e navegarem um pouco mais devagar, como se de uma montanha russa se tratasse. Se o objetivo era imitar o parque temático, então aí talvez tenham conseguido, porque para filme não me emocionou nada e como já sabia que terminando aqueles minutos de aceleração viria um momento de calma e conversa apenas, nem me conseguia cativar. Escusado será também dizer que apesar de ser um estúdio já bastante experienciado na computação gráfica e com provas dadas de ser capaz de gerar um CGI muito bom, até mesmo nesse ponto me parece ter falhado, principalmente nos vilões. Quando vejo algo quero evitar ao máximo detetar o grande uso de CGI, pois isso estragar-me-á a experiência, e eis que foi o que me aconteceu.

 

Mesmo as sequencias mais aceleradas que falo anteriormente poderiam ser melhores ou pelo menos diferentes do que já se tinha visto, mas não, era algo repetitivo que fazia com que não existissem surpresas. Olhemos para a sequencia inicial nos arquivos, onde a Dr. Lily foge, todas as peripécias e movimentos eram algo copiado ou pelo menos inspirado demais em sequências do Jack Sparrow. Não é que estivessem mal, mas quem já viu os outros filmes nunca conseguirá separar os dois, dando a ideia de que o esforço aqui não foi grande o suficiente.

 

Jungle Cruise é um filme para toda a família ver e passar um bom tempo em frente ao ecrã, conseguindo trazer uma história um pouco esticada demais para os 127 minutos que apresenta. Apesar de todo o valor despendido na produção não acho que o resultado final tenha sido algo incrível e fascinante, no entanto o que é apresentado é suficiente com momentos bons de cinema e diversão.

 

João Maravilha

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